Uma das coisas mais legais nos vôos, é curtir o visual, seja ele a 35 mil pés de altitude ou a apenas mil e quinhentos pés. Aqui no Brasil, principalmente antigamente, conseguíamos belos vôos panorâmicos. Voar para Foz do Iguaçu de dia e quando o tempo estava bom, era quase que obrigatório fazer um sobrevôo das cataratas. O consumo adicional de combustível existe, mas é muito pouco, e principalmente na chegada, ao ter certeza das boas condições para o pouso e já estando o avião mais leve, este tempo e consumo adicional são compensados com um belo visual. Bem, pelo menos nós acreditávamos que valia à pena, pois hoje em dia as empresas não querem este tipo de custo, por isso que antigamente este tipo de vôo era muito mais comum. Na Amazônia, também é possível ter belos visuais. Nas chegadas em Manaus para curtir o encontro das águas, ou sobrevoando o Hotel Tropical. Por outro lado, quando estávamos lá pernoitando, curtindo uma piscina, era um visual legal ver os aviões passando baixo em direção a pista. Em Santarém programávamos uma descida antecipada para poder ver com mais detalhes as praias de rios, e a região de Alter do Chão, com suas areias quase que amarelas. Também na chegada em Porto Trombetas-Oriximinás, era possível curtir a floresta. Antes de chegar sobre o aeroporto, voávamos por alguns minutos, baixo sobre a mata procurando malocas de índios. Havia um vôo de Natal para Recife, que é um trecho curto, onde muitas vezes o controlador de tráfego aéreo propunha uma aproximação que era informalmente chamada de Aproximação V.I.P. (vôo informal panorâmico) onde voávamos em nível de vôo visual (bem mais baixo que o normal) pela linha do litoral, sendo que o controlador que era da região, nos informava sobre qual praia ou região estávamos passando, informando inclusive quando sobrevoávamos a praia de Tambaba, famosa por ser praia de nudismo. Na saída de Salvador um sobrevôo no farol da barra, chegada em Fortaleza com passagem sobre a Praia do Futuro e Iracema. Chegando em Cuiabá, era muito gostoso fazer um visual pela Chapada dos Guimarães. Chegando em Florianópolis com tempo bom, segue-se pelo litoral, acompanhando as praias. O problema é que ao pousar, dá vontade de desembarcar por ali. Outro trecho gostoso de fazer panorâmico era de Ilhéus para Salvador. Morro São Paulo, Itaparica e na chegada o visual da cidade. Voando de Joinville para Itajaí/Navegantes, também podíamos curtir um visual voando mais baixo. Ma o grande visual, o mais belo e impressionante de todos são os efetuados na área do Rio de Janeiro - Santos Dumont, mas que fica para outro dia.
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