quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sobre o acidente da Air France


Sobre o acidente com o avião da Air France, ainda há muito a ser esclarecido. Nos D.O.s das empresas aéreas muito se comenta, cada um dando uma opinião e acrescentando mais uma pergunta.

    Há os que acham que os pilotos na cabine dormiram e quando acordaram já estavam voando dentro da tempestade. Mas como poderiam ter dormido os dois pilotos, se segundo as informações preliminares, o acidente aconteceu à apenas 10 minutos depois da “troca da tripulação”, ou seja, depois do comandante ter se ausentado da cabine para seu repouso regulamentar?


 Como que o avião que voava a 35.000 pés de altitude, próximo da máxima altitude para o peso que estava no momento, ter subido subitamente para 38.000 pés? Subiu a comando dos pilotos? Mas porque os pilotos iriam efetuar uma subida que sabiam não ser possível? Uma subida destas levaria o avião ao stall, ou seja, as asas perderiam a sustentação. Subiram numa tentativa desesperada de não entrar em uma nuvem de tempestade? Subiram numa reação a uma indicação de aumento na velocidade em que o avião voava numa condição de “overspeed”? Ou será que a subida não foi comandada, mas totalmente realizada pelo piloto automático? Ou será que a subida foi consequência de uma poderosa rajada ascendente de um CB?
Outra questão é o fato dos pilotos não terem executado um desvio significativo das formações pesadas que havia na rota. Porque não desviaram? O radar meteorológico não estava funcionado adequadamente? Os pilotos subestimaram o tamanho da “encrenca”?
As aeronaves comerciais possuem três sistemas de “pitot”: o do comandante, o do copiloto e ainda um auxiliar. Será possível que os três sistemas falharam? Estes três pitots resistiriam à força destrutiva de um CB, caso o avião voasse dentro dele a 35 mil pés? Um CB destes possui em seu interior pedras de gelo. E qual piloto em sã consciência teria coragem de entrar numa nuvem destas com um avião comercial, voando alto sobre o oceano?
 Alguém no D.O. disse que talvez os pilotos não tivessem conseguido contato com o controlador de tráfego aéreo em Dakar para obter autorização para o desvio das formações meteorológicas. Talvez, mas nestes casos, há uma série de procedimentos de contingência que os pilotos podem efetuar para o desvio da rota.  
Neste acidente há também as “teorias de conspiração”. Um colega disse que acha que a caixa preta já havia sido localizada há muito tempo, mas como a França vivia um momento político-econômico delicado, decidiu-se que a descoberta deveria ser adiada. Outro colega acredita que esta caixa preta que foi localizada, na verdade foi “plantada” no fundo do mar, pois a verdadeira já estava de posse do governo francês há muito tempo. Ou ainda que a localização da caixa preta já fosse de conhecimento das autoridades, mas que não foi "encontrada” antes para que a Airbus corrigisse a falha dos pitots em toda a frota de A-330. A verdade é que os interesses econômicos das partes envolvidas são tão grandes que não seria surpresa se de fato houvesse algo de verdadeiro numa destas teorias; afinal, o governo francês, Air France e Airbus, são criador e criatura.
Os aviões da Airbus são extremamente automatizados e há diversos relatos de pilotos que passaram por certas situações em voo em que, por um curto período de tempo, não entenderam o que estava acontecendo e não conseguiram sobrepujar o automatismo do avião. Isso explica um diálogo que ouvi no D.O. de Congonhas: uma comissária comentou com um colega que o namorado dela era copiloto de Boeing 777 e voava para Frankfurt e Londres. Atualmente, voar o B-777 é talvez o melhor emprego da aviação comercial brasileira. Mas então o colega comentou que tinha um amigo que era copiloto de Airbus A-330, e que voava não apenas para diversas cidades da Europa, mas também para Nova Iorque, Miami, Orlando, e por isto, voar o A-330 era mais vantajoso. A comissária foi rápida e reforçou seu ponto de vista, dizendo que é melhor voar um Boeing para apenas dois destinos do que um Airbus para o mundo todo. É, pode ser...

29 comentários:

  1. Quando vou viajar por uma compania que opera os dois eu sempre prefiro optar pelo boeing, até pago um pouco mais se for necessário.

    E no brasil entre gol, azul e tam, onde sabidamente, aos quatro cantos se fala muito mal da manutencao da tam, eu sempre vou de gol, ou azul

    ResponderExcluir
  2. Penso que este caso do vooAF 447,talvez nunca tenha uma explicação convicente,dada a quantidade de variaveis envolvidas: Voo noturno sem referencias externas,condições meteorologicas as mais desfavoraveis,e ainda por cima um avião que vez por outra tem vontade propria,acredito que a tripulação tenha enfrentado um cenario caotico,apesar de eu não ter percebido panico nas transcriçoes das caixas pretas,e sempre leio relatos de caixas-pretas e em dado momento sempre é possivel perceber o panico dos pilotos nos momentos terminais!!
    E parabens comandante por nos trazer este post com esse assunto que esta prendendo a todos que apreciam aviação!!

    ResponderExcluir
  3. éééé ... esse fato sempre será mais uma das estórias recheadas de mistério !!!

    E na sua opinião comandante, o que houve?

    Abraço

    ResponderExcluir
  4. "é melhor voar um Boeing para apenas dois destinos do que um Airbus para o mundo todo."

    Essa moça deveria ganhar um OSCAR por esta frase !
    Simples, VERDADEIRA e direta.

    ResponderExcluir
  5. A frase da cmra realmente merece o oscar, disse tudo kkkk. Gde Cmte Carvalho o sr leu o artigo que nosso amigo Lito postou no Blog dele:

    http://www.avioesemusicas.com/aviacao/minhas-perguntas-sobre-o-air-france-af447-e-uma-conjectura/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

    ResponderExcluir
  6. A verdade é que a Airbus, o governo francês a Air France e o BEA não são imparciais como são a Boeing e o NTSB. A Boeing teve problemas sérios com o 737, por problemas de comando pouco depois de seu lançamento. Mas sempre se soube do que se tratava, a Boeing assumiu os problemas e os corrigiu. Hoje o 737 é um avião extremamente confiável.

    O acidente de Congonhas mostrou essa imparcialidade na apuração do acidente. Tenho certeza de que jamais os comandantes Kleiber e Henrique cometeram um erro tão primário de simplesmente "esquecer" de recuar uma das manetes.

    Se isso tivesse ocorrido, a primeira coisa que os dois teriam feito teria sido recuar com vigor as manetes, para desacelerar o quanto antes os motores, não teriam ignorado a manete em posição errada e muito menos terim deixado uma das manetes em CLIMB THRUST.

    Não tenho dúvidas que ambos os acidentes ocorreram por falha da aeronave. O TAM principalmente, o fator avião foi preponderante. No entanto resolveram culpar a pista que nada teve a ver. Aquele A320 nunca derrapou, ele simplesmente permaneceu em condição de vôo quando na verdade já estava em solo.

    Quem conhece a história do A320, sabe que ele caiu numa mata no seu vôo de apresentação na época do lançamento. Mais uma vez, colocaram a culpa no comandante. Já perceberam que um avião da Airbus nunca cái por problemas técnicos, é sempre falha humana?

    ResponderExcluir
  7. Caro Jorge Sampaio,caso a aeronave esteja habilitada para um autoland, ele pode ser feito em qualquer aeroporto que disponha de um ILS. No entanto em condições reais de baixa visibilidade este pouso automático deve atender a certos requisitos: Aeronave homologada e sistemas ok, tripulação habilitada e aeroporto homologado. No Brasil, hoje, somente Guarulhos está homologado. Curitiba já esteve mas não está habilitado. Em baixa visibilidade a área em torno da pista em uso deve estar protegida, ou seja, uma maior área livre em torno dela deve estar livre de movimentação de aeronaves e veículos para evitar qq. interferência nos sinais de rádio/ILS para que o avião efetue a aproximação com segurança. Ou seja, muitos dos aviões comerciais são capazes de efetuar um autoland se houver ILS, mas para efetuar com segurança em condições reais, os requisitos devem ser observados.

    Caro Alê Sturion, sinceramente eu não tenho uma teoria, mas acho que se fosse um Boeing a tripulação teria conseguido evitar o pior. É como disse um colega que já pilotou estes Airbus: com mania própria, temperamental e cheia de truques, basta minha mulher em casa!

    É Roni, as emissoras de TV deveriam chamar o Lito, ele sim, um "especialista" em aviação.

    Abçs, Roberto.

    ResponderExcluir
  8. Olá Comandante Beto!

    Primeiramente, gostaria de dizer que frequentemente leio e recomendo seu blog. Já li todos seus posts e nem preciso falar que sou um grande admirador das suas histórias. Porém, percebi que o o senhor tem um certo receio com relação aos Airbuses modernos.
    (Infelizmente) não trabalho no ramo aeronáutico, mas desde cedo acompanho as notícias do meio.

    Não creio que uma fábrica de aviões leve mais de 6 anos projetando um avião, erre - e continue insistindo no erro - de produzir uma aeronave insegura, principalmente uma empresa do porte e recursos que a Airbus possui.
    Tampouco acredito que os órgãos responsáveis de pela homologação de aeronaves e segurança aérea autorizariam o uso de uma máquina dessas. Falhas podem ocorrer em qualquer tipo de projeto. Obviamente, tratando-se de aeronaves, as falhas podem trazer consequencias gravíssimas e por isso não são toleradas.
    Mesmo os bons projetos podem nascer com falhas. A De Haviland só descobriu os problemas de pressurização do Comet, depois de 2 acidentes fatais. O Bandeirante tem uma vasta história de acidentes e ainda assim é considerada uma boa aeronave. A Embraer também enfrentou diversos problemas com o Brasília e recentemente com o Phenon 100. Os Douglas DC-10 tinham problemas nas travas das portas que abriam, despressurizava o avião e o piso da cabine afundava. Tem gente que se "pela de medo" - essa vem lá do sul, tchê - de voar (nesse caso de pousar) o MD-11 por causa da tendência de bounced landing. A própria Boeing teve que mudar muita coisa nos 707 e 737 até elas atingirem um patamar próximo da excelência e assim mesmo, recentemente, foram descobertas rachaduras nas fuselagens de mais de 50 737 da Southwest Airlines.
    Claro que não estou tentando justificar as falhas, mas elas podem acontecer até mesmo em aeronaves consagradas.

    Acompanho o fórum Contato Radar e lá existem diversos tópicos sobre o tão falado automatismo da Airbus.
    Há um, especificamente, em que um piloto descreve - e derruba - essa teoria de que o Airbus ignora os comandos manuais. Apesar da inúmeras proteções que a máquina possui – determinadas de acordo com os modos de vôo ou leis: NORMAL, ALTERNATE, DIRECT E MECHANICAL BACKUP - é possível até realizar “pequenas acrobacias” ou até mesmo derrubar o avião propositalmente, assim como um Boeing, Embraer ou Tupolev.
    No entanto, quando ocorre uma situação MUITO ATÍPICA, os pilotos podem se confundir com a lei que o avião está operando naquele momento, sendo necessário um maior conhecimento teórico da aeronave.
    O link do tópico no Contato Radar é este:
    http://forum.contatoradar.com.br/index.php?/topic/49683-entendendo-o-automatismo-da-airbus

    Resumindo: o Airbus ;é um avião tão bom quanto qualquer outro concorrente, porém possui um modo de operação diferente. Acredito que em muitos casos os pilotos superestimam a sua capacidade diante de uma máquina peculiar, achando que um charuto de alumínio com asas é tudo igual.
    No seu post sobre a viagem a Caracas, seu colega de profissão Giovanni Betti citou isso e já demonstrou a vontade de bater um bom papo sobre o assunto. Seria legal conversar com um conhecedor dessas máquinas e fazer um “daqueles posts” sobre isso.
    E pra finalizar, (ufa!) quando vir a Floripa, posso lhe indicar um lugar onde tem um chope Weiss tão saboroso quanto aquele que o você bebia lá na Alemanha.
    Guia turístico aqui: http://www.ambientevirtual.net :-)
    Bons vôos para comandante blogueiro!

    ResponderExcluir
  9. Caro César, vc tem razão quando diz que eu tenho certo receio quanto ao Airbus, tenho sim. E tem razão também ao citar vários casos de fabricantes que ao longo dos anos corrigiram certas características e aperfeiçoaram seus aviões. Outro avião que tinha sérios problemas foi o Electra, que posteriormente a Lockheed “consertou” com o Electra II . Apenas acho que a filosofia da Airbus, com o excesso de automatismo, tira dos pilotos algumas coisas que são básicas na aviação: se o avião faz curva à esquerda, o manche vira para a esquerda; se o avião inicia uma subida, o manche faz um movimento para trás, se a manete de potência recua ou avança um pouco, a potência altera. No Boeing, quando estou olhando para o lado e apreciando a paisagem, coloco uma mão na manete de potência ou encosto de leve no manche, assim qualquer movimento eu estou sentindo. Em diversas conversas com colegas que voam Airbus, eles dizem este tipo de coisa não existe, esta sensibilidade já não faz parte da condução (sim, pois pilotagem, também já era) do vôo. E também dizem que esta coisa do piloto automático impedir que o piloto tenha o avião nas mãos é mito. Eu até acredito. Eu não conheço estes Airbus modernos, e se um dia eu for “escalado” para voar um deles, vou sem problemas. Aliás, eu tenho vontade de um dia pilotar o Falcon 7X, que dizem que tem uma filosofia parecida com a dos Airbus, e que, diga-se de passagem, estiveram “groundeados” recentemente.
    Não é fácil ter pernoite em Floripa, cidade que eu adoro, pois os pernoites são direcionados preferencialmente para o pessoal que mora por aí, mas de qq. forma, vou anotar o site do guia, obrigado.
    Confio na aviação, confio nos pilotos e nas estatísticas, mas de Airbus, eu gosto é do A-300.

    Abç, Roberto.

    ResponderExcluir
  10. Sábia Comissária, eu acredito nas "teorias de conspiração". O interesse Político na áurea da Airbus é transparente, digo; Air France, Airbus, BEA, França. Por que as investigações não foram feitas por um País Neutro? USA e FAA, Russia e FAAR... O que é de interesse da União Européia morre por lá, não acredito que um dia tenhamos acesso ao que realmente aconteceu com esse voo infeliz. Me chame de careta, mas eu confio muito mais no C150 e AB115.

    ResponderExcluir
  11. Walter Valeff Júnior12 de junho de 2011 às 12:46

    Sempre que leio sobre este assunto "automaticamente" me remeto ao filme "2001 uma odisséia no espaço" de 1968 (mais atual do que nunca). O que me intriga é que sempre há falha humana, principalmente nos acidentes aéreos.É cômodo colocar a culpa naqueles que não poderão dar suas versões.
    Recentemente tive a oportunidade de voar no 777 no trecho São Paulo/Dubai. Quatorze horas cruzando meio mundo, non-stop; confesso que estava receoso. Na decolagem senti a força das turbinas, pois meu corpo ficou colado ao assento, sensação inesquecível. Hoje posso afirmar que nunca me senti tão seguro em um voo, além é claro do espaço, do luxo e da qualidade do serviço a disposição dos passageiros.
    Abraços,
    Walter

    ResponderExcluir
  12. Bom, como ex-computeiro, atual estatístico e aspirante a piloto... posso falar algo a respeito de automatização de sistemas.

    Os computadores são, ao contrário que muitos pensam, uma máquina burra e que não tem poder de raciocínio. Tal máquina opera apenas por meio de programas (se ocorrer X faça Y senão faça Z, etc) - e, por isto, não pensa (de certa forma repete o raciocínio do programador). Em geral, programas de grande porte apresentam diversas falhas... que somente são percebidas durante o uso contínuo da ferramenta (algumas são até misteriosas, ocorrendo hora sim e hora não... eu achava a busca destas falhas a parte mais divertida do meu trabalho de computeiro) - eis o Windows e suas constantes atualizações que não me deixa mentir.

    Em um avião comercial, o software para o controlar é extremamente complexo. Arrisco dizer que deve ter milhares de linhas de código! E algumas centenas de falhas... além disto, ninguém deve ter previsto em tal código o que fazer quando a aeronave estiver com falha em um ou mais tubos de pitot (em qual acreditar?) e entrando em uma tempestade forte. Neste cenário, e lembrando que computador não pensa... os únicos seres pensantes no comando da aeronave são os pilotos (e jamais o computador).

    Caro Cmte Beto, eu compartilho da mesma suspeita a respeito dos Airbus... sou muito mais Boeing (ou Embraer), pois confiar a sua vida à um computador é algo que, como uma pessoa que sabe bem como os computadores funcionam, para mim é inconcebível.

    Referente ao acidente do AF447, existem muitos mistérios a serem resolvidos (já ouvi até dizer que foi uma anomalia no magnetismo da Terra, hehehe) e muitas suposições a serem verificadas. Acredito que a tese do Lito (Aviões e Músicas) é bem plausível, mas estou falando como um semi-leigo em aviação...

    Aproveitando a deixa, soube que a Embraer estuda uma forma de eliminar um dos pilotos da cabine de controle! Assim, se tudo funcionar como eles esperam, os E-jets poderão voar com apenas um piloto! Não sei qual é a aposta da Embraer, mas imagino que seja Airbusificar os E-jets... vamos ficar atentos.

    ResponderExcluir
  13. Bom, ja' voei 767,777 e faz 4 anos que estou no A320.
    Desculpem meu frances mas "Gosto e' igual C.....cada um tem o seu".
    Muita tecnologia? Gracas a Deus!
    Realmente computadores falham e o A320 nao e' perfeito.
    Repito pela 1234958846030304492402 vezes: Autopilot faz algo que nao gosto? AUTOPILOT OFF, AUTOTHRUST OFF, FD OFF e voo manual como se fosse um Cessna.
    Quem fala que Airbus nao deixa piloto voar nao entende nada sobre o assunto.
    Pelas minhas poucas 6000 hrs posso falar alguma coisa.
    Abrx a todos.

    ResponderExcluir
  14. Caro Bettigio,

    Bom... eu nem piloto sou (como disse antes, tenho a intenção de fazer o curso, mas por hora...), mas já ouvi muitas vezes que o Airbus se sobrepõe aos comandos dos pilotos, inclusive já ouvi isto como uma hipótese para a não frenagem do A319 da TAM em Congonhas...

    Concordo contigo que em algumas hipóteses basta desligar autopilot, autothrust, etc., mas será que no caso TAM tiveram tempo de fazer isto? E no caso AF774?

    Eu emiti minha opinião como um ex-computeiro... e a propósito, não disse que o Airbus tem centenas de falhas como uma crítica ao Airbus, mas pois todo grande software tem tais falhas (é humanamente impossível eliminar todas, por mais que se tente).

    Abs,

    Demerson

    ResponderExcluir
  15. Bom, nao sei se todos pensam igual a mim, mesmo que ainda sendo um PP, imagino que todas que acompanham esse blog, "frequetam" ele sempre que podem a espera de ler os excelentes posts do Cmte Carvalho, eu praticamente nao posto com frequencia porem acompanho sempre esse blog e sinceramente comentarios como o de BETTIGIO por exemplo nao tem nada a acrescentar,simplesmente pela forma como foi escrito, concordo que todos tenham a suas opniões em relacao Airbus X Boeing, assim como o proprio Cmte Carvalho, mas na minha opniao, voce Bettigio passou dos limites em seu comentario, isso faz com que o "Romance com a aviacao" através desse blog, seja afetado, sendo que um blog desse conteudo, com contato direto entre um Cmte de grande experiencia e os aficcionados pela aviacao seja de certa forma quebrado, nao interessa se voce tem 6000 hrs de voo ou tem exageradamente falando 50.000 horas de voo, imagino eu, que aqui nao seja o lugar certo para cometarios como o seu, ao Cmte Carvalho, me desculpe ter usado a area direcionada a cometarios para estar escrevendo um recado direto ao individuo Bettigo, mas é que me senti de certa forma afetado por um comentario totalmente sem necessidades,pessoal vamoas aproveitar esse blog, ele é de uma grandeza sem tamanho, excelente blog, em minha opniao sendo esse um dos melhores blogs relacionado a aviacao, juntamente com o Avioes e musicas que tambem é sem palavras.
    Leandro

    ResponderExcluir
  16. Caro Leandro,
    Exagerei? Nada a acrescentar? Passei dos limites?
    Pode ser, mas cheguei ao ponto de ouvir quase todos os dias a mesma coisa: Airbus nao presta, melhor Boeing. CANSEI.
    O que mais me irrita nisso tudo e' que ninguem das 1212762367823691239 pessoas que me falaram isso tem a menor ideia sobre o sistema de voo do Airbus, as protections laws e tudo mais, pois so' conhecem o A320 WILCO ou da Aerosoft.
    No mais, me retiro dessa guerra inutil entre Airbus X Boeing, pois realmente nao leva a lugar nenhum .
    Sou um piloto profissional, tenho muita dignidade sobre meu trabalho e ao mesmo tempo a simplicidade de pedir desculpas caso tenha ofendido alguem com o meu comentario anterior, mas nao aceito mais a arrogancia daqueles que nao tem a experiencia necessaria para julgar um argumento como esse.
    Cmte. Carvalho, adoro seu blog e me desculpo pelo meu desabafo.
    Boms voos a todos, reais e virtuais que sejam

    ResponderExcluir
  17. Prezados,
    Estava escrevendo a minha opinião a respeito desta "briga" entre os fans da Boeing e Airbus, mas vou ficar na minha ignorância de leigo e passageiro.
    Porém, gostaria de colocar 2 comentários:
    1) Se o Airbus é um produto perigoso, por que empresas como United, BA, ANA, KLM, Iberia, Lufthansa aceitam correr o risco (de reputação e financeiro) operando estas aeronaves? Só coloquei empresas de países sérios, aonde a justiça realmente funciona e empresas acima de qualquer suspeita (ao menos para mim). Será que eles todos estão cegos?
    2) Já tive a oportunidade de escolher entre voar em um Boeing da Garuda Airlines e da TAAP, empresas que estão proibidas de voar para Europa, mas preferi os Airbus da Singapore Airlines e da South African, pagando mais caro e voos mais longos. Penso que o piloto mais a seriedade da empresa e seus funcionários na manutenção são os fatores fundamentais na segurança.
    Abraços,
    Tibúrcio Barros

    ResponderExcluir
  18. boeing e airbus sao igualmente bons e eficientes.
    A grande diferenca é a filosofia de operacao de cada um deles.
    Eu prefiro boeing, pois nao confio em qualquer coisa que tenha elevada automacao. E alem do mais se em um aviao da boeing perder todo o sistema eletronico e hidraulico, ainda dá para pilotar via cabos...
    Os engenheiros da airbus querem abolir os pilotos das aeronaves, sabiam disso? Eu tenho colegar que trabalham na airbus em toulouse e na alemanha e me contaram isso!

    ResponderExcluir
  19. Acho que o cmte Carvalho acendeu o fósforo no tanque de querosene com esse post...

    Bem, de minha parte, devo admitir que cresce a cada dia minha antipatia pela Airbus. Menos por receio de voar em seus aviões, e mais pela conduta claramente corporativista que ela e as autoridades aeronáuticas europeias adotam sempre que um acidente acontece. Fica evidente que os interesses econômicos e políticos, para eles, vêm antes de tudo, e são mais importantes do que a vida humana. É como se estivessem sempre tentando ocultar alguma coisa... talvez um erro crucial na concepção dos aviões, cuja divulgação colocaria em risco grandes interesses e também os bilhões de euros em subsídios governamentais concedidos à Airbus...

    ResponderExcluir
  20. Parabéns Comandante, o blog está cada vez mais democrático e é um sucesso, nesse momento 133228 acessos.
    Bettigio, acho que você excedeu um pouco no texto, mas dizem que quando estamos irritados é bom colocar para fora. Parabéns pelo seu ato de se desculpar; estas posturas são naturais dos verdadeiros "Comandantes". Não concordo quando você diz que vai se retirar dessa "Guerra civil", sua experiência em Airbus enriquece o debate é muito importante para nós leigos.
    Abraços,
    Walter

    ResponderExcluir
  21. Infelizmente ainda não cheguei ao apogeu de pilotar um Boeing ou um Airbus, trabalho numa empresa de taxi aéreo, voando atualmente o Citation Jet 2 da Cessna.

    Acho que a questão não está na superioridade de um fabricante ou de outro e sim - como o Alexandre expôs acima - na conduta do fabricante e dos orgãos responsáveis pela apuração dos acidentes envolvendo Airbus.

    A diferença básica é que quando ocorre um acidente com um Boeing, descobre-se o motivo verdadeiro e com base nisso, se for uma falha da aeronave, a Boeing resolve.

    Quando o acidente é com um Airbus, a culpa sempre é da tripulação (quando na verdade foi falha do avião) e a Airbus corrige o problema as escondidas. Daí nunca se sabe o real motivo do acidente. Também tenho certeza como expôs o Mariel Fonseca, que o acidente com o vôo 3054 foi provocado por falha da aeronave. Nenhum piloto em são consciência é capaz de ignorar um motor acelerando em climb thrust, num procedimento de pouso, já com a aeronave em solo e ainda por cima em pista ralativamente curta pra o peso que o 3054 estava e chovendo forte.

    A primeira reação de qualquer piloto numa situação dessa, é mesmo recuar as manetes com vigor e tentar dar reverso máximo o quanto antes. Eu ainda empurraria os pés nos freios com intensidade máxima (esquecendo o auto-brake) até ter certeza de que a aeronave pararia nos limites da pista e com segurança.

    Airbus pode até ser um bom avião, mas se houver um acidente, nunca saberemos a verdadeira causa. Culparão sempre a tripulação. Não há imparcialidade dos orgãos franceses, vide o que ocorreu com o A320 em um vôo de demonstração (vôo 296 da Air France) na cidade de Mulhouse-Habsheim na Alsácia, França. as autoridades da aviação civil francesa ficaram com os gravadores de vôo durante 10 dias até que foram confiscadas legalmente. Verificou-se, então, que elas haviam sido abertas fisicamente e que foram removidos oito segundos da fita magnética, incluindo os quatro segundos anteriores ao acidente. Além disso, em determinado trecho, os registros de dados e de voz estavam quatro segundos fora da sincronização. Isto conduziu à suposição de que o registro de dados do vôo fora alterado, ou mesmo substituído.

    Após esse acidente com o Airbus, um piloto de Boeing 747 da Air France, Norbert Jacquet, na ocasião com 38 anos de idade, questionou a confiabilidade do avião, altamente computadorizado, bem assim a versão oficial fornecida à imprensa a respeito do acidente. Também apontou a tentativa de se esconder graves defeitos na tecnologia do Airbus. Ele acabou demitido da Air France, acusado de insano, teve seu brevê revogado definitivamente e ainda passou por vários estabelecimentos prisionais franceses, maiormente manicômios. Norbert Jacquet escreveu um livro sobre o caso, intitulado Airbus.

    Diante do exposto, há como confiar em avião francês?

    ResponderExcluir
  22. Também tenho duvidas quanto a parcialidade da investigação feita pelo BEA, vide as conclusões de alguns casos, como o Air France 296 (o A320 da apresentação) e o Air France 4590 (o Concorde do Charles de Gaulle).
    Porém reafirmo que os órgãos aeronáuticos não autorizariam a operação de uma aeronave insegura.
    Ninguém aqui está defendendo a Airbus apaixonadamente, nem o Giovanni Betti, até porque paixão por paixão, fico com a Embraer ;-). O que estou colocando é que os Airbuses modernos são seguros apesar da automação empregada. Aliás, um 737NG ou um E-190 não devem ser muito menos automatizados que um A320.
    Concordo com o Demerson Polli que TODO software contém erros provavelmente os da Airbus e dos outros fabricantes também. Confirmem com o Beto o que o engenheiro de vôo faz quando trava o computador do MD-11. A melhor solução a lá Windows: Reinicia o computador!
    Pra quem citou o caso do 3054, o relatório final diz na página 74 que "em cada um dos últimos três pousos realizados foi realizado um procedimento diferente de operação com reversor desativado, tendo sido registrados pelo FDR cinco diferentes procedimentos dentre as 28 operações realizadas com um reversor inoperante".
    Isso é muito estranho, pois creio que o procedimento deveria ser o mesmo considerando o "defeito" no reversor.
    Acho que há uma demonização do Airbus assim como ocorreu com o Fokker 100, outra excelente aeronave, mas que teve mais de 20% dos incidentes e 50% dos acidentes fatais registrados no Brasil.
    Só pra deixar bem claro, não estou insinuando que os pilotos ou a equipe de manutenção foram os responsáveis por esses acidentes, mas acho que a principal causa foi a falha nos procedimentos de operação, o que pode ou não ser o caso do AF447.

    ResponderExcluir
  23. Esse post esta pegando fogo kkkk notebook voador

    ResponderExcluir
  24. Olha só o Ederson, bem na foto com o boss... kkkk

    ResponderExcluir
  25. Fala alexandre eu tive a grande sorte de fazer um voo com o comandante carvalho e tirar uma foto com ele na saida do seu 737-800ng

    ResponderExcluir
  26. Legal Ederson, quem sabe qualquer dia eu tenha essa mesma sorte! Abraço

    ResponderExcluir
  27. Caro Comdte,
    Se me permite minha humilde opinião sobre o acidente do AF 447. Como eu suspeitei desde que começaram a aparecer os primeiros indicios das gravações a bordo, tenho quase certeza que o que houve foi uma simples e mortal desorientação espacial causada pela falta de informações nas telas e sistemas reduntantes (como já se sabe que houve). Imaginemos o pessoal em noite escura sem orientação nenhuma e só fazendo uso da força G adivinhando a atitude, essa força G sem orientação sabemos é super enganadora.
    Deram comando cabrar sem saber de velocidade nem climb na intenção de subir e continuaram assim até o toque. Devem ter caido como uma pedra e quase na vertical.
    Me lembro quando em instrução, fazia perda com um cherokee que a meu entender pode ter o mesmo comportamento no estol, vc mantem o manche full up, a velocidade vai caindo até vc cair como uma pedra, agora imaginemos a sena da perda com o cherokee, de noite, sem instrumentos e vc querendo eliminar a força G negativa.... acho que foi isso q o relatorio vai apontar no final das contas.
    Agora algo me intriga: se os pitots entupiram com gelo, não poderiam ter desentupido após 10 mil com o calor e voltado a dar indicações?

    ResponderExcluir
  28. Sou Analista de TI e se um avião é automatizado não deixando os piltos agirem sozinho, se ele recebe uma informação errada, e a fabricante não deixa vc desligar ele pode prepara porque o pc vai jogar vc no chão.

    ResponderExcluir
  29. Boeing fez a maior cagada da historia da aviação com o Max

    ResponderExcluir