quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal e Ano Novo de tripulante

A escala do mês de dezembro é possivelmente a mais aguardada do ano. Os tripulantes podem pedir folga para o Natal ou para o Ano Novo, e assim, é sempre uma expectativa muito grande para saber onde estaremos nestas datas festivas. Este suspense se estende para os familiares dos tripulantes, que ansiosos aguardam a escala para fazer os planos da família. Os mais jovens preferem garantir a virada do ano com os amigos, já os mais velhos costumam priorizar o Natal em casa.

Quando no final de novembro a escala finalmente é divulgada, a maioria parece satisfeita com o que recebe, mas há sempre um grupo descontente por não sentir que seu pedido foi plenamente atendido. A estes, resta tentar uma alteração na programação através de contatos com a “escala de voos” e até com a chefia. Dezembro é o mês que há mais reclamações neste sentido, principalmente hoje em dia em que muitos tripulantes moram em outros estados, pois ainda precisam se deslocar para suas casas.

Quando se está trabalhando no Natal ou no Ano Novo, o jeito é se conformar e tentar aproveitar. Mas nem sempre é possível, pois muitas vezes na virada do ano, por exemplo, o tripulante está a 35.000 pés de altitude, sentado com o cinto de segurança afivelado, pois o avião está passando por uma área de turbulência. Ou então está no hotel tendo que descansar, pois o despertador vai tocar às 4 da manhã para uma jornada longa.

O reveillon mais sem graça da minha vida foi na passagem de 1990 para 91. Estava em Recife, tendo que descansar no dia 31 à tarde, pois a condução seria às onze da noite. Lá embaixo, a festa dos outros estava animadíssima, enquanto eu rolava na cama. No momento da virada nós estávamos efetuando a partida do motor número um do 737-200. O comandante me desejou um feliz Ano Novo e seguimos com a partida do outro motor. Voamos para Fortaleza, Teresina e encerramos a jornada em Brasília às cinco da manhã. Muito sem graça!

Mais interessante foi a virada de 2003 para 2004. Estava na cabine do MD-11, voando para Frankfurt, e sobrevoávamos Belo Horizonte no momento da virada. Minha filha estava a bordo e com seus 8 anos, dormia tranquilamente na classe executiva enquanto que pelo sistema de som o comandante anunciou aos passageiros a chegada de 2004. Os passageiros se cumprimentaram e os tripulantes se abraçaram, com os desejos de praxe.

E quem pensa que nestas datas os voos estão vazios, estão enganados! Muitas vezes estão lotados, o que pode ser um problema para os tripulantes. Acontece que para aqueles que estão trabalhando do dia 24 para 25 ou do dia 31 para o dia 01, as empresas aéreas costumam liberar uma passagem de graça (sempre sujeita a disponibilidade de assento) para um acompanhante do tripulante. E o pessoal costuma aproveitar, muitas vezes levando mais de uma pessoa. Marido, filho, esposa, namorado, enfim quase sempre há um acompanhante, principalmente se o voo for bom. O acompanhante pode seguir o tripulante durante toda a programação, ainda que ela dure 3 ou 4 dias. Por isso, quem voa nestas datas está sempre rezando para “Nossa Senhora do Voo Vazio”.

Para os que passam estas datas no hotel, costuma haver uma confraternização. Antigamente a gerência de cada “base” fechava com o hotel de pernoite uma ceia para os tripulantes na noite de 24 de dezembro, ou no reveillon. Desta forma o pessoal acabava se reunindo e se confraternizando. Alguns hotéis liberavam aos tripulantes a entrada na festa que havia para os demais hóspedes. Uma das mais concorridas era a do hotel Tropical em Manaus, que ocorria sempre em volta da piscina.

Hoje em dia não há mais estas ceias, e quando muito as empresas pagam aos tripulantes o valor de uma diária de alimentação (hoje em torno de R$ 45,00) para que cada um a use como queira. Adivinha o que acontece? Muitas vezes o tripulante procura fazer um programa mais modesto para economizar este dinheiro.

Não tenho do que me queixar quanto ao trabalho nestas datas. Desde que tive minha primeira filha, com exceção de 2005, sempre consegui estar de folga no Natal. E na maioria das viradas de ano pude estar com minha família, ainda que tivesse que trabalhar no dia primeiro de janeiro. Em dezembro de 2005 estava em Los Angeles num voo cargueiro de MD-11. A programação previa a decolagem para o dia 23 à noite com chegada em São Paulo na manhã do dia 24. Programação perfeita, pois com dois dias parados Los Angeles, o que não faltou foi oportunidade de fazer as compras de papai Noel. Acontece que houve uma alteração na programação e a decolagem foi adiada para o dia seguinte. Com isso tivemos direito a mais uns dólares referentes às diárias de alimentação, que foram direto para as últimas compras de Natal. Assim como eu, minha mulher e filhos ficaram frustrados com o meu atraso, mas em compensação foi gostoso chegar em casa bem cedo no dia 25 de dezembro, acordar as crianças com sonoros HO, HO, HO! E abrir as malas com as comprinhas. Tendo trabalhado no Natal, consegui a liberação da minha programação de Ano Novo, e entrei 2006 na casa de campo da minha mãe, junto com toda a família.

Neste Natal de 2010, mais uma vez tive meu pedido atendido e estou de folga dias 24 e 25. Vou trabalhar dias 31 e primeiro, mas posso dormir em casa, pois chego de um voo dia 31 às três da tarde e volto a trabalhar às oito da manhã do dia primeiro. Não vai dar para aproveitar muito, terei que dormir cedo, mas pelo menos dormirei na minha própria cama!

Aproveito para desejar a todos um feliz Natal e um excelente 2011!



terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cachaça, bagunça e ...

Voos de fretamento são muito divertidos, pelo menos para mim, que fico na cabine de comando, já que para os comissários nem sempre é um voo fácil. Ultimamente tenho feito este tipo de voo para Natal, Porto Seguro, Caldas Novas e Punta del Este. A maioria destes voos é fretada pelas grandes operadoras de turismo.

O “perfil” dos passageiros nestes voos é muito diferente dos voos regulares. Nos voos para Caldas Novas há muitas famílias com crianças pequenas e também passageiros da terceira idade, pois geralmente o destino é a pousada do Rio Quente com suas piscinas de águas térmicas. Muitos destes passageiros estão viajando pela primeira vez de avião e embarcam cheios de duvidas: qual é o assento (esta escrito no cartão de embarque), como reclinar e colocar o assento na vertical e até como usar o banheiro do avião. Os comissários precisam ser pacientes, especialmente com os mais idosos, que necessitam de uma atenção maior, além de querer contar a eles suas estórias, porque estão viajando, que foi o filho que sugeriu e etc.

Nos voos para Punta os passageiros se destinam ao Conrad, que é um Hotel Resort-Cassino, e por isso, costumam ser pessoas de maior poder aquisitivo e que estão acostumadas com viagens de avião. Não dão trabalho algum aos comissários, conhecem a rotina a bordo, usam o cinto de segurança, sabem que para a decolagem e pouso a poltrona deve ficar na vertical, não se levantam com o avião em movimento em solo e sabem usar o banheiro de avião sem qualquer explicação!

Como gosto do contato com os passageiros, fica fácil agradá-los em meus anúncios pelo sistema de som. Nestes voos de fretamentos estão todos passeando, ninguém está viajando para visitar parentes doentes ou por outro motivo que não seja lazer e diversão. Indo para Caldas Novas eu costumo dizer aos passageiros que eu já estive na Pousada do Rio Quente e que eles certamente vão curtir muito ficar dentro das piscinas e também o astral da pousada. Nos fretamentos para Punta eu comento que o Hotel Cassino Conrad (que eu não conheço) é muito legal, desejando a eles muita sorte nos jogos e que voltem ao Brasil mais ricos do que estão ao desembarcar em terras uruguaias. Os passageiros adoram!

O voo de fretamento que eu mais gosto é Porto Seguro. Há casais com crianças, em lua de mel, idosos e sobretudo, jovens. Em alguns deles, principalmente de agosto a novembro, quase a totalidade dos passageiros estão na faixa de 15 a 20 anos, quando as operadoras de turismo levam turmas inteiras de adolescentes que estão prestes a concluir o colegial. Imagine o estado de euforia de grupos de 30 ou mais colegas de classe em viagem de formatura! Eles já embarcam fazendo algazarra, brincando de “sacanear” uns aos outros, e arremessar papeizinhos e outras coisas nos amigos. Em um destes voos, durante a decolagem, um pequeno grupo de rapazes repetia animado: cachaça, bagunça e pu _ _ ria! A equipe de comissarios precisa ter muuuuita paciência, sabendo quando entrar na brincadeira, mantendo o profissionalismo sem descuidar da segurança a bordo. Como os jovens são muito irreverentes, os comissarios precisam ter cuidado e “jogo de cintura” para que esta irreverência não se torne insolência e falta de respeito.

Nos voos de ida a Porto Seguro, ao efetuar o “speech” aos passageiros pelo sistema de som, costumo comentar sobre a tranquilidade de Arraial D’Ajuda e Trancoso, sobre o agito dos bares com música ao vivo, as opções para compra de artesanato e dos inúmeros restaurantes da cidade. Recomendo a eles que bebam com moderação, mantenham-se alimentados, que abusem do protetor solar e que se divirtam. Eles adoram, gostam tanto que até aplaudem!

Na volta de Porto Seguro o clima é um pouco diferente, os jovens embarcam bronzeados e muitas das meninas com trancinhas “afro” nos cabelos. Em meu anúncio, depois das informações de praxe, comento com os passageiros que eu tenho uma filha de 15 anos que há tempos vem me dizendo que quando concluir o colegial pretende viajar para Porto Seguro, o que é a mais pura verdade. Digo que esta idéia me deixa de cabelos em pé, e que não sei se vou permitir. Peço a eles que me ajudem, e que se manifestem os que acham que eu tenho razão em me preocupar, e que não devo permitir que ela faça este tipo de viagem. Uns poucos se manifestam. Em seguida peço que se manifestem aqueles que acham que é bobagem da minha parte, que minha filha vai ter juízo e responsabilidade suficiente quando chegar a hora, e que eu devo sim, permitir que ela vá nesta viagem. Da cabine de comando ouve-se o barulho da maioria. Os passageiros desembarcam felizes e eu também!

Me divirto muito nestes voos e quando chego em casa meu filho logo me pergunta se naquele fretamento os passageiros eram do tipo família, terceira idade ou “cachaça, bagunça e .........”



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Pequenos cães, grandes ameaças!

Hoje à tarde o aeroporto de Congonhas teve suas operações suspensas por cerca de 20 minutos. O motivo foi um cachorro solto na área da pista de pouso! Não adianta cercas, grades, muros ou placas proibindo a entrada de animais, eles são curiosos e volta e meia circulam por onde não deveriam. O avião que eu aguardava para efetuar um voo para Campo Grande teve que ficar sobrevoando a cidade de São Paulo por quase meia hora, e por pouco ele não segue para o aeroporto de Campinas.

Não fiquei sabendo qual era o cachorro, se grande ou pequeno, nem se ele foi capturado, enxotado ou se simplesmente sumiu sem deixar vestígios. Só sei que foi um “atraso do cão”, pois nossa decolagem que deveria ter sido pontual saiu com uma hora de atraso

E por falar em confusão causada por cães, vejam a noticia da Folha Online:

Folha Online


06/12/2010 - 17h31


Voo é desviado nos EUA após cachorro fugir de caixa e morder duas pessoas


DA REUTERS, EM NOVA YORK


Um pequeno cachorro fugiu de sua caixa de transporte e mordeu um passageiro e um comissário de bordo em um voo da US Airways para Phoenix nesta segunda-feira. O incidente levou o piloto a fazer um pouso não programado em Pittsburgh.


O dono do cachorro abriu a caixa de transporte apesar de ter sido alertado a não fazer isso, disse Valerie Wunder, porta-voz da US Airways.


O piloto do voo 522 de Newark para Phoenix, que levava 122 passageiros, decidiu desviar o avião porque "queria garantir que todos estavam bem".


Pelo visto o cachorro de Congonhas causou pouca confusão se comparado com seu “cãompanheiro” americano.

Neste caso dos norte americanos, acho que não houve nada de errado com o cachorro, mas há sim, algo muito estranho acontecendo com as pessoas por lá. Será que um cachorro de pequeno porte (para que o cão viaje na cabine de passageiros ele tem que ser pequeno) ao morder uma pessoa consegue causar ferimentos tão graves que requeiram um pouso não programado? Será que não havia como fazer um curativo e aguardar a chegada do avião no destino? Não poderiam solicitar a presença de um medico a bordo para os primeiros socorros? O cachorro não conseguiu ser contido? Sim, pois conter passageiros que se exaltam, parece estar sendo cada vez mais frequente a bordo de aviões de empresas americanas.

Eu acho que os americanos estão ficando loucos e neuróticos nas questões de segurança a bordo. Tudo é motivo para conter passageiros, pousos não programados, US Marshalls, “national security” e outras ações que muitas vezes parecem ser completamente desnecessárias. Acho que os tripulantes das empresas americanas, e junto com eles os passageiros, estão morrendo de medo de voar, e perderam a noção do que é uma ameaça real e o que é apenas uma situação estresse que pode perfeitamente ser contornada sem maiores dificuldades. É bem verdade que a ação terrorista de setembro de 2001 foi algo inimaginável, mas pousar um avião no meio do caminho, causando atrasos, transtornos e prejuízos por causa de um cãozinho que ao fugir deve ter causado certo rebuliço a bordo parece um grande exagero. Acho que a tripulação “panicou”!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Os primeiros voos de um copiloto

A experiência exigida pelas empresas aéreas para a contratação de novos copilotos pode variar. Alguns podem vir com mais horas de vôo, portanto, com mais experiência. Outros podem ter pouquíssima experiência, sem ter sequer trabalhado como piloto, com somente 300 horas de voo. Para quem já possui experiência, a adaptação em uma empresa aérea será certamente mais fácil, embora na fase de instrução o importante seja a vontade de aprender e a dedicacão aos estudos. Não raro os mais jovens possuem mais facilidade para assimilar ensinamentos. Independente do “background” do piloto, o seu primeiro voo em uma companhia aérea é sempre um grande acontecimento.

Antes deste primeiro voo, já admitido na empresa, ele tem pelo menos dois meses de curso com aulas teóricas e em seguida um programa de treinamento em simulador de vôos. Assim, embora a expectativa seja grande, ao chegar ao aeroporto nem tudo será novidade. A tripulação se apresenta para o voo uma hora antes da decolagem, mas nosso amigo que vestiu pela primeira vez o uniforme de copiloto da empresa, certamente chegará com uma antecedência maior. Terá olhado todos os boletins meteorológicos, lido os informativos referentes ao voo a ser realizado e estará ansioso à procura da tripulação do voo. O comandante do voo, com quem voará por cerca de três ou quatro meses, será seu instrutor e por isso há uma torcida mútua para que ambos se dêem bem.

Neste primeiro voo o aluno compõe a tripulação na condição de "observador", ou seja, há um copiloto titular do voo para que o aluno não precise ocupar o assento de pilotagem. Ele irá apenas acompanhar o voo na cabine de comando, observando e se familiarizando com a rotina do dia-a-dia. Ele está ávido por aprender e quer receber o máximo de informações e dicas. Alguns aspectos da rotina ele percebe que é bem mais fácil de serem realizadas, pois em sala de aula há sempre certo mistério. Mas também ele descobre que em voo o relógio está correndo, não há tempo a perder! O copiloto titular do voo quer ajudar e bombardeia o jovem aprendiz com tantas informações que neste momento chega a atrapalhar.

O período de “observador” leva em média 15 dias, ou 30 horas de voo. Na primeira etapa o aluno vai ajudar nos preparativos pré-voo, acompanhando o copiloto na inspeção externa e executando tarefas simples. Na etapa seguinte ele poderá ocupar o assento do copiloto durante o voo de cruzeiro. Na próxima ele ainda estará observando durante a decolagem, mas ao cruzar 10.000 pés na subida ele vai assumir o assento da direita até pouco antes do pouso, quando volta a ser um observador. Se o instrutor sentir firmeza, a próxima etapa terá o aluno assumindo o lugar do copiloto, enquanto que o titular fica sentado no assento do observador, atento e pronto para alertar e ajudar se necessário. O comandante é quem decola e pousa, enquanto seu aluno, sentado ao seu lado, o assessora ao mesmo tempo em que se familiariza com a “mecânica” de decolagem e pouso específicas daquela aeronave.

Mais algumas horas de voo e já esta chegando a hora de deixar que o aluno finalmente efetue, ele mesmo, a decolagem e o pouso. Para isso o instrutor escolhe não apenas pistas longas, mas também boas condições climáticas. Para esta primeira decolagem e principalmente para o pouso, o instrutor esta “arisco” e pronto para assumir os comandos. A decolagem é mais simples, mas não raro o comandante tem que interferir através de comandos verbais, ou mesmo atuando diretamente nos comandos. O primeiro pouso provavelmente será feito a quatro mãos e com muitas instruções por parte do instrutor durante a aproximação. Em breve, conforme a evolução do aluno, ele deixara de ser “observador” para ser o copiloto titular do voo.

Até o fim da instrução, bons e maus pousos virão. Pistas longas e pistas curtas, decolagens com sol na cara e pousos na madrugada. O instrutor acompanha o progresso do aluno efetuando briefings e debriefings relativos aos diversos tipos de operações. A parte teórica também é importante e todos os sistemas do avião serão discutidos com o aluno. Regulamentos, performance, técnicas de pilotagem, voo em condições adversas e situações de emergência serão abordados ao longo do treinamento.

Ao final da instrução o copiloto-aluno já deve ser capaz de assumir plenamente o voo no caso de uma incapacitação do comandante. Para se certificar que o aluno está “safo” e que pode dar conta do recado, na última fase da instrução haverá alguns voos em que o comandante fará o mínimo necessário, deixando que seu aluno se vire! Este tipo de treinamento é conhecido por “pilot incapacitation”, e é um momento de verdadeira gloria para o aluno que se sente capaz e pronto. Estando o aluno afiado ele estará liberado para os vôos de avaliação.

Tanto o instrutor quanto o aluno estão contentes. O aluno, ainda que tenha gostado de seu instrutor, quer se livrar dele para poder conhecer outros comandantes, e seguir em frente em sua carreira, aprendendo e se aprimorando. O instrutor também está contente, pois acompanhou a evolução do seu aluno e voltará a voar com copilotos mais antigos e tarimbados. Até que um dia, em um futuro não muito distante, aquele comandante-instrutor, ao se apresentar para voar, vai se reencontrar com seu ex-aluno, agora um experiente e competente piloto. E ambos vão descobrir que naquela programação há dois copilotos escalados para o mesmo voo! É um novo aluno, que chegou cedo ao aeroporto e está ansioso para o primeiro voo.


  • Nestas fotos eu ainda era aluno, voando o Embraer Bandeirante em 1985, e o Airbus A-300 em 1988