Em 1985, quando entrei para a aviação comercial, quase a totalidade dos pilotos da Varig eram apenas pilotos, até porque, muitos iniciaram cedo na profissão, antes mesmo de ter idade suficiente para concluir um curso superior. Uma excelente carreira que oferecia bons salários, promoções ao longo dos anos, estabilidade no emprego e uma ótima aposentadoria. No grupo de pilotos, era raro encontrar alguém que tivesse outra profissão além de aviador. Havia alguns comandantes que eram também advogados e outros poucos que possuíam algum tipo de comércio, mas a maioria vivia apenas de pilotar aviões e estar empregado na Varig (ou qualquer outra grande empresa) parecia bastar.
Na minha turma de Evaer (Escola Varig de Aviação, que frequentávamos por certo período antes de voar uma das aeronaves da empresa), havia um colega dentista. Ele fechou o consultório e informou aos pacientes que estava encerrando as atividades para seguir carreira na Varig. Outro colega de turma era engenheiro, tendo inclusive trabalhado nas obras do “futuro” aeroporto de Guarulhos.
Com o passar dos anos este quadro sofreu mudanças. Muitos pilotos (e comissários também) passaram a fazer faculdade ou abrir pequenos negócios. Direito parecia ser a opção preferida, e quanto aos pequenos negócios, restaurantes, cafeterias e outros serviços estavam nos planos dos aeronautas. Alguns prosperaram nestas atividades paralelas, outros não.
No começo da década de 90, surgiu em Porto Alegre o primeiro curso superior na área da aviação civil. Um convênio foi firmado entre a Varig e a PUC-RS, e assim, após ter formado quase a totalidade dos pilotos da Varig, a Evaer encerrou suas atividades. Nos anos seguintes os novos pilotos contratados pela Varig já eram formados em Ciências Aeronáuticas. Outras faculdades, além da PUC, criaram cursos similares na área da aviação civil, atraindo, inclusive, pilotos que já trabalhavam há anos nas empresas aéreas.
Movidos por uma preocupação com o futuro, já que a crise na Varig (e também na Transbrasil e Vasp) se intensificava ano após ano, ou talvez por um desejo pessoal, cada vez mais aeronautas partiram em busca de uma segunda profissão. Muitos tripulantes se tornaram também advogados, arquitetos, psicólogos, fonoaudiólogos entre outras profissões. Mas a verdade é que são poucos os que conseguiram exercer estas atividades simultaneamente com a aviação. Um destes colegas, que já era formado em Ciências Aeronáuticas, conseguiu voar no quadro fixo da Ponte Aérea e após quatro anos se formou em Direito. Após passar nos exames da OAB e exercer a profissão junto com colegas da faculdade, ele se matriculou num curso superior de Gastronomia. Formou-se e continuou voando na Varig. Com o fim da “velha” Varig, ele se sentiu tranquilo, intensificando suas atividades de advogado. Mas ele sentiu falta da profissão de piloto, ao mesmo tempo em que foi se desencantando com o Direito. Após mais de um ano fora do mercado da aviação, foi contratado para voar de copiloto na Gol. Menos de um ano depois, foi voar em outra empresa, na Azul, onde em poucos meses foi promovido à função de comandante. Hoje ele exerce o cargo de instrutor, está feliz e nem sonha em voltar à atividade de advogado. Quanto à atividade de “chef de cuisine”, até onde eu sei, meu colega Muraca deixou de lado.
Outro caso interessante é de um colega que depois dos 40 anos se formou em Administração de Empresas. Até aí tudo bem, ser um executivo ou ser advogado parece ser a opção mais lógica para os pilotos, acontece que já depois dos 50 anos de idade ele cursou medicina veterinária! Está cheio de idéias para o futuro e enquanto pilota Boeing pelo Brasil afora, ele faz planos para abrir um negócio no ramo veterinário.
Há também o Cmt. Carlos Batista, que há anos exerce a atividade de psicólogo. Além de prestar serviços na área de recrutamento de pilotos, ele atende seus pacientes em consultório, sendo que neste caso, assim que recebe sua escala mensal de voos, ele abre a agenda para os pacientes.
Hoje em dia a aviação está repleta destes casos em que tripulantes que possuem outras atividades. Eu sou só piloto e muitas vezes acho que está faltando tempo no meu dia a dia para atividades de lazer ou para ficar tranquilo com minha mulher e filhos! Assim, admiro muito estes colegas que conseguem abrir mão do convívio familiar, se envolvendo em estudos e outras atividades além de sua profissão.
- Duas fotos do Concorde que eu tirei de um livro ilustrado sobre a história dele. Na foto em que ele está estacionado no aeroporto de Los Angeles, aparece um outro avião. Adivinha de que empresa?
Realmente ter um 2ºoficio parece ser uma imposição dos tempos atuais,porem nunca imaginei que numa atividade que a mim parece ser magica,principalmente para aqueles que já calgaram os mais "altos" postos sem querer fazer trocadilho,fosse possivel!!
ResponderExcluirPensava que por si só um sonho como o de ser aviador já bastasse e como o Sr.diz fica tambem a questão da família,pois pelo que vejo as folgas na escala não são tantas!!
De toda forma penso que trabalhar nos mais "altos escritorios" do mundo com vista panoramica de tirar o folego deve ser sem duvida a 1º opção de todos desta area!!
Vivendo e aprendendo!!
VARIG VARIG VARIG!!
ResponderExcluirA 1a foto é do acidentado F-BTSC, durante voos de prova de/para o Rio, antes da entrada em serviço.
A propósito, qual é o livro?
Abraço!
Interessante esse assunto cmte. No meu caso, me formei e tenho uma empresa, largaria tudo para me tornar piloto, porém, o tempo é cruel, já tenho 41 anos, esse sonho ficará para a próxima vida !!
ResponderExcluirLvcivs, a capa do livro está no final da postagem.
ResponderExcluirQuerido comandante,
ResponderExcluirSou um aeronauta frustrado. Meu sonho de virar piloto não foi realizado pelos altos custos do treinamento. Hoje tenho condições de fazê-lo, mas vem a pergunta: tenho 33 anos, e concluiria o curso de ciencias aeronauticas com 36. Sendo extremanete sincero, é possível ingressar na carreira ocm essa idade?
Um braço!
Evandro.
Caro Evandro, embora com 33 já seja um pouco tarde, ainda pode dar certo. Para ser piloto não é necessário o curso de aviação civil, e ser piloto profissional não se resume a voar nas grandes empresas. Hoje há pilotos sendo admitidos nas grandes empresas com até 40 anos de idade, mas é claro que nestes casos espera-se deles uma boa quantidade de horas de voo. Quem sabe vc tira o brevet de piloto privado sem se preocupara com a carreira de aviador, apenas como um hobie, caso vc tenha condiçõe$. E aí depois vc avalia. Um abraço, Roberto.
ResponderExcluirGrande Roberto,
ResponderExcluirestou com 23 e comecando o teorico pra PP. a idade ta boa? pois vejo que muita gente comeca com os 18 anos. Lembrando que pra fazer as horas pra pc. devo gastar em media 3 anos!
voce acha que da?
abraco!
Roberto,
ResponderExcluirUm parente meu quer fazer o curso de ciências aeronáuticas e de PP/PC. Quando ele terminar o curso, terá 44/45 anos.
Você acha que haverá mercado ou é tarde demais???
Abs
Cmte , O deputado Bolssonaro disse que nunca entraria em avião pilotado por um negro .
ResponderExcluirJa aconteceu ou acontece de passageiros nao viajarem por causa de algum pilotos negros?
Caro Cmte, tenho acompanhado seu blog a algum tempo pois me interesso muito por aviação. Em particular achei este post muito interessante pois, apesar de eu ter uma boa profissão tenho pensado muito em seguir carreira em aviação (o único problema é que já estou com 34 anos, e ainda nem sou Piloto Privado... então consigo entrar para a carreira lá pelos 40 anos..., mas....).
ResponderExcluirEm particular este post chamou minha atenção pelo movimento em sentido oposto: pessoas de outras profissões que se tornam piloto (como deve ocorrer comigo...). Aliás, reintero a pergunta do Arthur (logo acima)... existe uma idade máxima recomendada para se ingressar em aviação?
Forte abraço e bons voos.
PS: sou passageiro frequente da Gol/Varig nas rotas GRU-BSB/CGH-BSB. Não me lembro de ter voado contigo, mas estou torcendo para que isto ocorra em breve.
Forte abraço.
Caro Caipira a Jato, Arthur e Demerson Poli, o que vcs diriam de uma pessoa com 40 anos decidir ser médico, engenheiro, advogado ou psicólogo? E se a pessoa tiver mais de 40? É claro que o ideal é começar cedo, mas acredito que nunca é tarde. Esta pessoa vai enfrentar uma concorrência dura, mas não é impossível. Entrar para a aviação com idade "avançada",
ResponderExcluirtambém apresenta dificuldade, mas é possível! E como eu sempre digo, ser piloto comercial não se restringe a voar para as grandes empresas. Há outras opções: Táxi aéreo, instrução em aeroclube, aviões particulares, agrícola e etc... Além de TAM, GOL, WEB e AZUL, há tbem Passaredo, Pantanal, Trip e outra menores. Salário? Vc não vai ficar rico sendo piloto apenas, mas certamente vai ter uma vida boa, e vai se divertir bastante.
Caro Oliveira, nunca ví uma situação destas. Mas já ouvi falar de casos em que quem foi preconceituoso em relação a tripulação de comissários foi o próprio comandante do voo! Comentários que no passado eram apenas maudosos, hj em dia dá problema, e tem gente que ainda acha que pode dizer o que quizer.
Abçs Roberto.
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Caro Cmte Roberto,
ResponderExcluirConcordo contigo. A expectativa de vida no mundo todo tem aumentado... em tempos que não é incomum ver pessoas vivendo 80 ou 90 anos... uma pessoa com 40 anos tem ainda uns 20 ou 30 anos de carreira pela frente...
Em qualquer carreira a idade pesa contra... mas não creio que seja um fator determinante. Acredito que a capacidade profissional também pesa muito. O problema é o ingresso em uma nova carreira com idade avançada... eu, em particular, não sou conhecido em aviação... embora seja relativamente bem conhecido em minha área. Penso em fazer a transição, mas de maneira controlada... fazer os cursos, e ficar de olho nas oportunidades... quando der para mudar, lá vou eu!
Grato pela resposta.
Amigo Beto e aos amigos com esta duvida sobre idade, conheço um Sr aqui no Rio que era Taxista com mais de 25 anos no mesmo ponto com 3 filhos adolescentes mais a esposa e largou tudo para seguir carreira de piloto de helicóptero, vendeu autonomia, taxi, tudo!! e hoje ele esta em uma empresa de Taxi aéreo, é emocionante ouvir a estória dele, ele se realizou profissionalmente, e estou seguindo pelo mesmo caminho, terminei minha faculdade de Administração e tenho um bom emprego mas estou largando tudo para seguir meu sonho da aviação e estou adorando e me realizando, não sou tão velho, tenho 24 anos, tb queria começar mais cedo mas agarrei este sonho e hoje estou com 18 horas de voo no PP e faltando 2 matérias na ANAC para solar e seguir em frente.
ResponderExcluirNunca é tarde para se realizar um sonho.
Abraço a todos.
Retificando: o Sr. não largou a mulher e os filhos mas a mulher no começo quase o largou.
ResponderExcluirAbraços
Comandante, gostaria que me esclarece uma dúvida, aliás duas:
ResponderExcluir1) Por que no momento que os motores do avião (tanto Boeing quanto Airbus) estão sendo ligados, as luzes da cabine dão uma piscada? Notei que isso sempre acontece, como se alguém tivesse encostado no interruptor sem querer (desculpe a ignorância).
2) Por que nesse momento também ficamos sem ar-condicionado? Tipo ele tá lá esfriando direitinho, aí começam a empurrar o avião para trás e o ar-condicionado acaba e só volta um tempo depois, acho que uns 2 minutos.
Adorei seu blog, o único que conheço que é escrito por um piloto de verdade. Um abraço e bons vôos.
Oi Carvalhinho,
ResponderExcluirsou como você, às vezes acho que falta tempo para ficar com as crianças e esposa. Sou também profundo admirador desses nossos colegas, e olha que faltou atividade de nosso amigo Muraca aí, heim...
Forte abraço, bons voos
Peconick
Caro Marcelo Castro, pelas suas perguntas percebe-se que você é um cara observador. Pois bem, antes da partida dos motores o sistema elétrico do avião está sendo suprido pelo APU, que é um motor localizado na cauda do avião e cuja finalidade é o suprimento de energia elétrica e de ar pneumático para o ar-condicionado quando os motores do avião estão desligados. Após a partida dos motores seus geradores estarão prontos para assumir o sistema elétrico do avião, e ao transferir toda a carga do APU para os geradores dos motores, por uma fração de segundos o sistema elétrico está desenergizado, e assim, as luzes internas piscam. Com relação à falta de ar condicionado durante a partida, a resposta está também na utilização do APU. É ele quem está suprindo ar pneumático (ar sob pressão) para o sistema de ar-condicionado durante o período no solo. Para a partida dos motores, o ar-condicionado é desligado e enviado ao “motor de arranque”, que vai fazer com que o motor gire até que a partida seja completa. Após a partida, com os motores em funcionamento, o APU pode ser desligado pois agora o sistema de pressurização e ar-condicionado pode ser suprido pelos motores em funcionamento. É isso.
ResponderExcluirGraaaaaaande Peconick!
Abçs, Roberto.
Boa Noite Cmte,
ResponderExcluirTenho 19 anos e sou apaixonada por aviões, especialmente Boeings, me encantam!
Amei seu blog, eu li ele desde o ínicio, posts muito bons!
Estou pensando muuito em fazer o curso para me tornar Piloto, e trabalhando em uma forma de conseguir bancar os ALTOS custos em pouco tempo para ter minhas licenças o quanto antes.
Gostaria da sua opinião em relação ao mercado de aviação, ele está precisando muito de profissionais agora, mas será que daqui a 4 anos por exemplo estará da mesma forma?
E como o Sr. está vendo a participação feminina nas cabines de comando? Já voou com uma mulher como co-piloto? :D
Bjs e Boa Noite.
Olá comandante Beto,
ResponderExcluirVendo o comentário do Marcelo Castro (também tinha essa curiosidade) me lembrei de um fato que aconteceu num vôo que fiz pela TAM uns 3 anos atrás (A320), onde ao embarcar, o ar-condicionado não estava funcionando. Por sorte fazia frio em São Paulo, mas estava um pouco abafado o avião. Depois que embarcamos, um dos motores foi ligado ainda na ponte de embarque, foi quando o ar-condicionado passou a funcionar, para nosso alívio. Daí o avião foi empurrado pra o pátio e ligou-se o outro motor. Na chegada em Porto Alegre, durante o desembarque, novamente o ar-condcionado parou, mas voltou uns 5 minutos depois, antes de eu desembarcar. Aí vem as perguntas:
1- Se o avião tem esse tal APU, por que em Congonhas o ar-condicionado só funcionou depois que um motor foi ligado, mas a iluminação e os monitores estavam funcionando (tinha energia no avião)? Economia de combustível?
2- Por que esse procedimento de partida diferente do normal, primeiro um motor com o avião ainda estacionado e o outro motor só lá atrás?
Oi Dayana,
ResponderExcluirTomando a liberdade de responder antes do Cmte Beto, pelo que tenho ouvido o mercado de aviação no Brasil está em franca expansão... e principalmente por conta da Copa em 2014 e Olimpíada em 2016 (que serão no Brasil) vai faltar pessoal capacitado na área.
Eu arrisco dizer que, se quer mesmo investir nesta área, agora é a hora.
Demerson
Dayana Castro, acho que o Demerson Polli falou tudo: as perspectivas são boas para a carreira de aviador. Quanto as mulheres na cabine, já voei diversas vezes com co-pilotas, e acho ótimo.
ResponderExcluirJorge Sampaio, pode acontecer do APU estar inoperante, ou ainda estar parcialmente inoperante, ou seja, estar sem a parte elétrica ou pneumática(ar para partida e pressurização). Nestes casos a equipe da manutenção disponibiliza uma unidade externa de "fonte elétrica" e/ou uma unidade externa de ar pneumático para a partida. Há também unidades de ar-condicionado que podem ser acopladas à aeronave. Para a partida dos motores a unidade externa fornece ar sob pressão. Após a partida de um dos motores, estas unidades podem ser desacopladas pois o motor em funcionamento vai alimentar o ar-condicionado e o sistema elétrico. Em alguns aviões, com apenas um dos motores funcionando, o sistema elétrico não estará funcionando em sua totalidade e nestes casos pode-se perceber que parte da iluminação da cabine não está funcionando. Para dar a partida no segundo motor, quando o APU está incapaz de fornecer ar pneumático, o motor que já está funcionando vai fornecer o ar sob pressão, numa partida conhecida por "cross bleed start". Porém em uma cross bleed start, para que a pressão de ar seja suficiente, é necessário que os pilotos acelerem um pouquinho o motor já em funcionamento. Um motor em marcha lenta já oferece riscos suficientes para as pessoas nas proximidades, imagine então com o motor parcialmente acelerado! Por isso para dar executar a cross bleed start, a aeronave é posicionada afastada do local de estacionamento e portanto de movimento de pessoas e viaturas. É quando os pilotos certificam que a aeronave está com os freios aplicados e com a autorização da manutenção, aceleram um motor para dar a partida no outro. Neste momento somente o mecânico está próximo da aeronave, e mesmo assim, junto ao nariz e verificando que a área dos motores está livre. Mais uma vez o ar condicionado será desligado para que este ar seja direcionado ao "starter" (motor de arranque) do motor que vai ser dada a partida. Após completada a partida, tanto o ar-condicionado quanto todo o sistema elétrico estará funcionando plenamente.
É isso, abçs, Roberto
Rapaz... Mas que blog agradabilíssimo! Estou no dilema em seguir na aviação ou seguir do Direito. Tenho 23 anos e tempo corre como um guepardo... FOrte abraço e CAVOK!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComandante, boa tarde. O sonho do meu filho é ser piloto. Ele só tem 15 anos está indo para o ensino médio e é neto de um grande piloto da FAB. Ocorre que não pode entrar na FAB por conta da vista e, além disso, não é um grande estudante para enfrentar a prova da AFA. Sei que ele vai mudar e sempre o aconselho a fazer algo a mais para poder se precaver. Já optou então pela engenharia elétrica que fará aqui no Rio seja na UFRJ ou PUC. A minha dúvida é sobre onde fazer a escola de pilotagem. O avô já é mais velho e de outra geração, além de ser de SP. Qual sua sugestão de escola e o que é essa escola de aviação do RS? Será que vale a pena tentar por lá? Agradeço pelas dicas que puder dar. Vou, inclusive, dar a dica do seu blog. Obrigada. Teresa
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