Infelizmente há muito desperdício de comida e bebida na aviação comercial, pois após a chegada de um voo, tudo que sobra das refeições, lanches, sanduíches e outras comidas, é jogado fora para posterior incineração! Dá dó ver tanta coisa indo para o lixo.
Bons tempos, quando antigamente conseguíamos minimizar um pouco este desperdício, com um tipo de “procedimento” que era bastante comum, principalmente nos aeroportos do norte e centro oeste, aonde o movimento era menor.
Algumas vezes ao nos dirigirmos ao pátio de estacionamento após o pouso, o operador da torre de controle nos perguntava se havia alguma encomenda. Esta era a “senha” para ver se tinha sobrado uns lanches do serviço de bordo para oferecer a eles! Ainda durante o taxi, entravamos em contato com a chefe-de-equipe dos comissários para confirmar se havia lanches sobrando e dependendo da resposta, dávamos um positivo ao pessoal da torre, pedindo para que eles confirmassem o P.O.B.! P.O.B. é o “people on board”, informação que geralmente os aviões passam à torre antes de iniciar um vôo. Lá da torre, vinha um “portador”, que quando não vinha munido de uma sacola, fazíamos uma “trouxa” com um saco plástico. Juntávamos lanchinhos e refrigerante em bom estado, que estavam destinados ao desperdício. Todos ficavam felizes.
Na Ponte Aérea Rio-São Paulo este procedimento também era muito comum, especialmente quando pousávamos nos últimos vôos do dia por volta de 22:30 hs. Pilotos e controladores, já conhecedores do procedimento, simplificavam a comunicação:
- Varig 464, confirme a possibilidade? Perguntava a torre.
- Afirmativo! Confirme o P.O.B? Indagávamos.
- Estamos em meia dúzia, Comandante.
- Sem problemas, pode mandar alguém.
Mas o mais interessante era o que acontecia no aeroporto do Santos Dumont- RJ. A torre de controle fica em cima do prédio do antigo aeroporto, bem perto dos aviões que ficavam estacionados no pátio. No andar térreo, bem em baixo da torre, fica a “sala de tráfego” que recebe os formulários de planos de vôos das aeronaves. Para facilitar a “transmissão de dados” entre esta sala e a torre, havia uma cordinha com um grampo preso à extremidade, sendo que volta e meia esta cordinha subia de descia com algum tipo de “correspondência” presa a ela. Pois quando tínhamos alguma encomenda para a torre, nem havia necessidade de alguém descer para apanhar! Bastava usar o serviço do “elevador”! Colocávamos tudo dentro de um saco, que bem amarrado à corda, subia tranquilamente em direção à torre de controle.
Uma cena bastante pitoresca, que ocorria a qualquer hora do dia. Passava despercebida dos olhos da maioria, mas que nos fazia dar risada ao ver a encomenda subindo.
De tempos em tempos o “elevador” era desativado, pois segundo a informação que recebíamos, algum Oficial Superior da torre de controle havia proibido terminantemente este procedimento! Mas nada como uma semana após a outra... e logo o serviço estava restabelecido.
História: O dia que um bombardeiro B-25 colidiu com o Empire State
Building, na cidade de Nova Iorque
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*Ative a legenda em português nas configurações do vídeo*
Em 28 de julho de 1945, o bombardeiro *North American B-25D-20 Mitchell*,
número de cauda *41-30...
Há 14 horas
so nao vale acerveja Xingu da Tam shaushauhsuahsua
ResponderExcluirComandante parabens pelo seu blog, é muito bom o sr. compartilhar sua esperiencia com a gente.
ResponderExcluirdesde que vi seu link no aeroblog, entro todo dia no seu blog procurando postagens....são ótimas.
Vi nos comentarios de uma postagem que o Bruno, que sempre escreve nos comentarios falar em SBMQ, pelo que eu saiba SBMQ é o códito iata do aeroporto da minha cidade, Macapá. Gostraria então de saber se ele é daqui para manter contato com uma pessoa que gosta de aviação como eu e na minha cidade. Por favor me ajude.
obrigado,
Diogo Jucá
Cerveja Xingu da Tam? Tô fora! Caro Bruno de Macapá, o Diogo Jucá esta querendo um contato, pois ele também mora aí em SBMQ
ResponderExcluirLembro que na varig era servido SKOL
ResponderExcluirEderson
Eu adorava tomar Campari na ponte aérea. Alias, nos anos 90 todo o servico de bordo da Varig era um luxo. Nem me importava de perder tempo em voo, circulando sobre a serra do mar, esperando a vez do pouso. Pedia outro Campari, tinha uma conversa interessante com o passageiro ao lado, um relax só.
ResponderExcluircara eu nao sou de macapa shaushauhsua
ResponderExcluirOlá, boa noite, estava procurando no google sobre o tempo de voo de Sao Paulo - Bogotá, e encontro este blog como resposta da busca!
ResponderExcluirAchei o blog muito massa, parabéns! Sou louco por aviões, miniaturas, Flight Simulator, ... a partir de agora passarei a ler os posts sempre que puder! Congratulations!!!
Prezado Cmte. Carvalho,
ResponderExcluirSempre leio seu blog mas numca tive o tempo e a força de escrever.
Aproveito que estou de fèrias para finalmente lhe parabenizar pelo excelente trabalho.
Sou piloto de Airbus na Turquia (fora do Brasil pagam mais...eheheh) e essa historia do P.O.B me fez lembrar de quando trabalhei na Alitalia em Milao. Quando voltavo de Napoles nosso callsign era "AlitaliaPizza", o pessoal da torre de Milao Linate (LIML)jà sabia que a gente vinha com a "massa" pronta.
Um abraço e cèus CAVOK's.
Gio
Excelente post comandante,alem de tudo demonstra que criatividade podemos combater o desperdicio!!
ResponderExcluirTodos ficam contentes e se evitava de jogar comida fora,algo realmente abominavel quando,como sabemos ela falta na mesa de muitos!
Estou acompanhado o blog já algum tempo e como um apaixonado por aviação estou gostando muito!
Parabens,seus textos são claros e com detalhes refinados!!
Olá JUcá entra em contato pelo mail: brunoewerton@uol.com.br
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