quarta-feira, 8 de abril de 2009

Voando com tempo ruim


Nada como um dia após o outro....Chegada em Congonhas, chuva sobre a cidade, sendo forte alguns pontos. O nível de alerta e vigilância aumenta, não basta o tempo no destino, tem que saber a previsão também para as possíveis alternativas. Desvia para cá, desvia para lá, mas mesmo passando relativamente longe das "formações meteorológicas", estamos sujeitos a turbulência e formação de gelo nas asas do avião. Para o gelo, nós ligamos o sistema anti-gelo, que consiste em retirar ar quente que sai dos motores e direcioná-lo para as asas. Para a turbulência, não tem jeito, é manter os cintos afivelados. Se afastamos muito das nuvens, aumentamos o percurso, o tempo de voo e o consumo de combustível, se desviamos pouco, a turbulência e desconforto aumentam. Então qual será a medida certa? Comandante e co-piloto analisam as imagens do radar meteorológico (que estão cada vez mais precisas e confiáveis) e tomam um rumo. Os passageiros ficam tensos, os comissários precisam transmitir calma e confiança. Neste momento a voz que vem da cabine de comando é fundamental para informar e tranquilizar a todos. Depois de esperar pela melhora das condições (na região de São Paulo, Santos, Sorocaba e Campinas são áreas onde os aviões fazem "órbita", ou seja, circuitos padronizados em termos de rumos, distancias e altitudes) vamos retomar a aproximação. Agora não importa em qual aeroporto vamos pousar! A preferência é Congonhas, mas se tiver que ir para a alternativa 1, 2 ou 3, tudo bem. Pousamos em Congonhas, debaixo de chuva leve e ventos soprando pela esquerda. O pouso em si nem foi muito bom, um pouco brusco e também a desaceleração bem forte. Não importa, como é bom pousar!

2 comentários:

  1. Lembro de quando eu trabalhava no Rio e vinha muito para Sampa, quantas vezes o avião não ficava horas - ou eram minutos? - voando em outros cantos esperando melhora? A diferença é que eu era passageira e esperavam o tempo e as turbulências tomando um monte de whisky...

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  2. Sensacional seu blog. Ja voltei dos eua pela Varig numa turbulencia tao pesada que a aeromoça que estava logo a minha frente tava chorando... Chorando mesmo!!! hehehe!
    Foi brabo! Mas como sei que essas aves suportam mesmo turbulencia pesada fiquei (quase) tranquilo. Agora nao sei o que foi, se vacilo do comandante porque foi tipo 40 minutos de turbulencia pesada mesmo!

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