
Passava horas curtindo minha
coleção, que naquele momento, era de tudo que se relacionasse à aviação comercial. Livros ilustrados, postais e
souvenirs dos aviões, os quais eu pedia para trazer aos conhecidos que viajassem. Tinha todas as
tranqueiras possíveis, incluindo saleiro, talheres,
quardanapos e principalmente os cartões com as instruções para saída do avião em caso de emergência. Estes cartões eram uma espécie de
xodó da
coleção, ao encomendá-los eu explicava que embora estivesse escrito para não fossem retirados do avião, por favor pegassem assim mesmo! Tenho esses cartões guardados até hoje. Minha avó costurou vários saquinhos para que eu guardar as
bugigangas aéreas (palitos, pimenta, e até um absorvente íntimo com o logo da
Varig eu tinha), que por sua vez, ficavam dentro de sacolas da
Aerolíneas Argentinas,
PanAm,
Air France e
Varig. Montava
maquetes de aviões, colocando onde fosse possível em meu quarto. Aliás, agradeço ao
Kiko, meu irmão, pela paciência e tolerância, pois nosso quarto estava virando um aeroporto, ou uma pequena exposição de aviação! E finalmente havia as pastas-catálogo, em que eu recortava e colava as fotos de aviões.

Tinha a pasta do
Jumbo 747, do Concorde, a pasta do
DC-10 e assim por diante, até chegar aos pequenos
monomotores. Comprava mensalmente a revista
Flap, sendo que eu comprava 2 de cada vez, uma para guardar, e a outra para recortar e colar nas pastas.
Na falta de
pôster de aviões para comprar, eu e meu amigo
Bullo fabricávamos nossos próprios, levando um livro ilustrado em um estúdio de fotografias, onde eles fotografavam e ampliavam em painéis que iam
direto para o que restasse de parede.
Fazia passeios no centro da cidade para pedir nas agências de viagens, folhetos ou qualquer outra coisa que coubesse na minha
coleção. Cheguei a escrever cartas (não havia e-mail nem
internet) para os grandes fabricantes de aviões, e meses depois recebi em casa vários postais, adesivos e outros informativos, da
Boeing, da
Focker e da
Mc Donald Douglas (fabricante do
DC-10, nada a ver com
hambúrgueres). A essas alturas queria viajar, poder estar perto dos aviões, e as oportunidades começaram a surgir.
Nossa Beto! Eu não sabia dessa sua coleção¡... Também tenho mania de colecionar algumas coisas, quem sabe não fazemos umas trocas, né?
ResponderExcluirbeijo, Pati
Ô Beto! Dentro de uns anos sua coleção valerá um bom dinheiro.Estarei aí para pedir um empréstimo.
ResponderExcluirEmita uma opinião, fale algo no acidente, do clima na aviação, qq. coisa assim. Pedido de acompanhante do blog.
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