quarta-feira, 27 de maio de 2009

Colecionando bugigangas

Passava horas curtindo minha coleção, que naquele momento, era de tudo que se relacionasse à aviação comercial. Livros ilustrados, postais e souvenirs dos aviões, os quais eu pedia para trazer aos conhecidos que viajassem. Tinha todas as tranqueiras possíveis, incluindo saleiro, talheres, quardanapos e principalmente os cartões com as instruções para saída do avião em caso de emergência. Estes cartões eram uma espécie de xodó da coleção, ao encomendá-los eu explicava que embora estivesse escrito para não fossem retirados do avião, por favor pegassem assim mesmo! Tenho esses cartões guardados até hoje. Minha avó costurou vários saquinhos para que eu guardar as bugigangas aéreas (palitos, pimenta, e até um absorvente íntimo com o logo da Varig eu tinha), que por sua vez, ficavam dentro de sacolas da Aerolíneas Argentinas, PanAm, Air France e Varig. Montava maquetes de aviões, colocando onde fosse possível em meu quarto. Aliás, agradeço ao Kiko, meu irmão, pela paciência e tolerância, pois nosso quarto estava virando um aeroporto, ou uma pequena exposição de aviação! E finalmente havia as pastas-catálogo, em que eu recortava e colava as fotos de aviões. Tinha a pasta do Jumbo 747, do Concorde, a pasta do DC-10 e assim por diante, até chegar aos pequenos monomotores. Comprava mensalmente a revista Flap, sendo que eu comprava 2 de cada vez, uma para guardar, e a outra para recortar e colar nas pastas. Na falta de pôster de aviões para comprar, eu e meu amigo Bullo fabricávamos nossos próprios, levando um livro ilustrado em um estúdio de fotografias, onde eles fotografavam e ampliavam em painéis que iam direto para o que restasse de parede. Fazia passeios no centro da cidade para pedir nas agências de viagens, folhetos ou qualquer outra coisa que coubesse na minha coleção. Cheguei a escrever cartas (não havia e-mail nem internet) para os grandes fabricantes de aviões, e meses depois recebi em casa vários postais, adesivos e outros informativos, da Boeing, da Focker e da Mc Donald Douglas (fabricante do DC-10, nada a ver com hambúrgueres). A essas alturas queria viajar, poder estar perto dos aviões, e as oportunidades começaram a surgir.

3 comentários:

  1. Nossa Beto! Eu não sabia dessa sua coleção¡... Também tenho mania de colecionar algumas coisas, quem sabe não fazemos umas trocas, né?
    beijo, Pati

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  2. Ô Beto! Dentro de uns anos sua coleção valerá um bom dinheiro.Estarei aí para pedir um empréstimo.

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  3. Emita uma opinião, fale algo no acidente, do clima na aviação, qq. coisa assim. Pedido de acompanhante do blog.

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