segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Há algo mais nos céus além dos aviões de carreira

Ontem pela manhã, domingo antes das 7 hs, estava chegando para pouso em São Paulo-Guarulhos quando pudemos avistar vários balões no céu. Na aproximação final, no trecho próximo à Serra da Cantareira, sobre a zona norte da cidade, havia pelo menos 3. Já sobre a cidade de Guarulhos, vimos mais 2 balões"decolando" e além do aeroporto, na trajetória de decolagem, mais uns 3. No total eu contei 11 balões! Além do risco de incêndio nas matas e edificações, eles são um perigo para a aviação, pois podem chegar a 30 metros de altura, sendo que sua estrutura possui ferro, botijões de gás, muitas vezes eles carregam fogos de artifício, suspendendo bandeiras e faixas e outras surpresas. À noite, eles podem carregar lãmpadas e mais lãmpadas para ficarem bem iluminados. Aqui em São Paulo e principalmente no Rio de Janeiro, os balões são muito comuns de serem avistados nas manhãs de domingo quando o dia amanhece com tempo bom e vento calmo. No mês de julho, com as festas juninas, a incidência é maior, mas nem precisa ser em julho, se o domingo for uma data especial, tipo dia das mães, dos pais ou das crianças, o número deles aumenta, sendo que nestas ocasiões eles carregam faixas com mensagens. Se o Corinthians for campeão, nem se fala! Agora imagine um domingo no Rio de Janeiro, Flamengo campeão, dia das mães nos mês de julho...é melhor não voar, ou pelo menos esperar que os pilotos estejam de olhos bem abertos na cabine. Como eles costumam ser bem grandes, e os baloeiros só os soltam com tempo bom, não fica difícil para os pilotos avistarem com certa antecedência e desviarem, mas ainda assim são uma grande ameaça aos aviões, já que uma colisão, seja ela com o nariz, asa ou motores do avião podem ter consequências sérias. Há um tempo atrás, havia uma outra espécie de balões nos céus do eixo SP/RJ. Eram uma espécie de saco de lixo, em forma tubular e bem comprido, preto, de plástico bem fino e leve que ao serem enchidos com ar, e na medida que eles eram aquecidos com o próprio calor do dia, eles subiam e seguiam ao sabor dos ventos. Eram muitos, dezenas, centenas deles! Decolávamos de Congonhas para o Santos Dumont-RJ e durante todo o voo eles estavam por perto. Na volta idem, acho que eles eram soltos aqui em SP e seguiam para o RJ pelos ventos. No céu, eles se enrolavam neles mesmos, ficando na forma de um espiral, parecendo fragmentos de DNAs gigantes. Já que não possuem estrutura alguma, são apenas grandes sacos de ar, o perigo talvez não seja tão grande, mas nem pensar em atropelar um desses, pois sabe-se lá o que pode acontecer! Um pedaço do saco entupindo um tubo de Pitot, ou enroscado nas asas pertubando o fluxo de ar não seria tão improvável de ocorrer. Balões são bonitos, mas muito perigosos.

  • A primeira foto mostra os "balangandans" que um balão pode carregar.

A segunda é para ter uma noção do tamanho destes brinquedos, sendo que eles podem ser bem maior que um carro de passeio

A última eu tirei ontem no aeroporto de Guarulhos. Notem que há 2 balões que recém haviam sido soltos.

3 comentários:

  1. Decididamente, é uma profissão perigosa. Balões, pássaros, nuvens, tempestades, furacões, granizos...

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  2. "Balão leva botijão de gás e lãmpadas."???

    Os balões também levam motores, turbinas, geradores de energia atomica, drogas, bebidas e muitas outras imaginações dos ignorantes desta nação.

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  3. 30 metros de altura?? Tudo isso?...

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