Alguns dias após a tentativa frustrada de fazer meu primeiro vôo na funçao de Comandante, finalmente chegou a hora! Foi um vôo normal, decolamos do Galeão/RJ por volta de meia noite com destino a Recife e escala em Salvador. O co-piloto foi o Vaudano, que hoje é comandante também e colega de empresa. Antes do vôo disse a ele que aquele seria meu primeiro voo como comandante, e que ficasse de olhos abertos pois afinal era uma condição nova para mim. Aos comissários eu preferi só contar após a chegada em Recife. Aliás, faço um parêntese para contar um caso que aconteceu com um outro colega. Era o primeiro voo dele como Comandante após a promoção, um voo para Brasilia com escala em Goiânia. Durante a primeira etapa, ele fez um anúncio aos passageiros e além das informações de praxe, ele disse que gostaria de compartilhar com todos a emoção que estava sentindo pois aquele era o primeiro voo dele na função de Comandante. Adivinha o que aconteceu? Exatamente, na escala em Goiânia, vários passageiros que seguiriam para Brasília preferiram desembarcar! Mas meu voo foi tranquilo. Deixei que o co-piloto fizesse a primeira decolagem. Até a "rotation" (velocidade em que puxamos o manche pra tirar o avião do chão) eu estava bem atento, mas senti que fiquei meio lento assim que decolamos . Talvez por instantes eu estivesse imerso em pensamentos e lembranças de toda minha trajetória até chegar naquele momento. Percebendo que eu estava meio lerdo tratei de voltar minha atenção para o voo. E foi tudo bem. Chegamos em Recife com o dia amanhecendo, quando então contei para os comissários que aquele tinha sido um vôo especial para mim. No dia seguinte, toda a tripulação seguiu para Manaus, e no terceiro ou quarto dia de voo, voltamos para São Paulo. Isso foi no final de maio de 1991.
Ahaa! Essa parte do teu colega de trabalho foi o ó... Eu não ligaria e continuaria voando, mas creio que alguns pax pensaram que seria como fazer uma cirurgia com um cirurgião de primeira viagem.
ResponderExcluirAh! Estava eu lendo seu post "Colisão com pássaros" e citaste a minha cidade, Londrina e realmente tem um aterro sanitário proximo a cabeceira 31.
O Sr. ainda faz voos pra cá?
Abraçao!
De vez em quando voo para Londrina sim, mas dificilmente tem pernoite.
ResponderExcluirTem gente que não entende que para chegar a CMTE, o cara tem que ter no mínimo MUITA experiência, né Roberto ? :D
ResponderExcluirEu Jamais sairia de um voo, de maneira alguma sairia dele... inclusive, vo voar para palegre no próximo dia 11, vou de GOL, mas queria ir de AZUL rsrs...
Parabéns pelo POST, como sempre CMTE, muito bom !
Abraços.
Cmte,como todos seus post´s,Magnifico!!
ResponderExcluirSua trajetória de vida realmente inspira.
Estou no PP ainda,mas espero alcançar ''grandes'' cockpits na vida ainda!
Parabens!
abraço
Boa noite Cmte!
ResponderExcluirO senhor voa em qual cia atualmente?
Semana passada fiz um voo no jump, indo de CGB p/ PVH e conversando com o cmte (esqueci o nome dele :/ ) eu havia mencionado que era frequentador assíduo de seu blog... Disse ele que seu nome não era estranho, pois o mesmo havia voado tmb o electra no final dos anos 80 e início dos 90, e que provavelmente conhecera.
Obs: sou colaborador da cia Gol em CGB.
Abraço.
Higor Iuri
higoriuri@gmail.com
Comandante primeiramente parabens pelos ultimos posts, não temos palavras para colocar quanto a sua boa vontade em compartilhar sua trajetoria na aviação. Eu vou fazer check de ponte aerea semana que vem (gol virtual) com 737-700, minha duvida é sempre a mesma, minha aeronave com peso de 51.1 para final 20r sbrl após bloqueio de afonsos a 5000 pés o sr bloqueia o aerodromo a quantos pés? qual altitude ideal girar base sobre a ponte rio niteroi, o sr poderia me dar um exemplo de como o sr procede na julliet 7 para final da 20r sbrj? suponhando que sua aeronave tem um peso de 52.1 para final 737-700 ng com temperatura 20 graus ventos 160/06, muito obrigado pela atenção comandante e bons voos, alias estou postando seu pouso em curitiba onde o tempo estava cavok onde o sr fez um pouso MANTEGA o sr sabe o que é pouso mantega heheheh. um abraço.
ResponderExcluirEderson
Olá Ederson, olha faz tempo que eu não opero no SDU, não estou bem certo qual é o J7, mas supondo que seja aquele que vc vem de AFS para a vertical do aeroporto, programe-se para passar sobre o aeroporto com flape 5, e a 1.500 pés. Na vertical baixe o trem, flape 15, reduzindo a velocidade, e já dando uma "escoradinha" no motor. Perna do vento pode ser com 1.000, ou 1.300 pés, flape 25 quando no travez da cabeceira. Para ficar confortável na base, dê o flape 40 e gire à esquerda de forma que na base vc esteja bem alinhado com a ponte. Nem para cá, nem para lá da ponte. Olho na pista, para interceptar a final a 500 pés. Olho no velocímetro e potência. Se precisar,ajude com um pezinho para não "overshotar" a final. Cuidado com a barca, aproveite o visual da Ilha Fiscal e bom pouso! Abç Roberto..
ResponderExcluirAhhh Tigre, heim !!!
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